domingo, 11 de outubro de 2009

E se?

E se um dia tudo mudasse?
E se um dia eu partisse?
E se um dia...

E se um dia eu fosse feliz, pudesse abraçar esse estado, que há tanto tempo procuro e tanto custa a alcançar...

E se um dia eu deixasse a minha casa?
E se um dia a minha filha perguntasse à mãe por mim? Qual a sua resposta?

E se um dia...

domingo, 27 de setembro de 2009

Eleições

Hoje é um daqueles dias idiotas.
Lembro-me há uns anos largos a agitação que era a minha casa nestes dias.
Íamos todos almoçar fora e depois de almoço o meu pai saía. Via-o lá pelas 22h, festejando as vitórias dum partido que sempre foi dele.
Naquela altura, o meu desejo era que o partido dele ganhasse. Significava ir com ele e partilhar da alegria dele. Sair com ele, de peito inchado de orgulha, por uma vitória que também era dele.
Hoje a conversa muda de figura.

Creio que sinceramente a política caiu numa má fama que tem vindo a piorar de dia para dia.
Cada vez mais se acredita menos nos nossos políticos.
Pudera...
Cada um pior que o outro.

Há umas semanas atrás comentava com a minha mãe algo relativo à ida do meu pai a um comício do partido dele.
Ela dizia que era o partido que ele sempre defendera, com o qual se identificava, independentemente de quem estava à frente do mesmo.
Fiquei cá a matutar naquilo.

Hoje quando cheguei à mesa de voto, as palavras da minha mãe surgiram-me na cabeça.
E tudo aquilo me fez um sentido, como nunca fizera.
Sim. Eu sabia exactamente em quem iria votar.
Sabia exactamente onde colocar a cruz.

Posso mesmo dizer que pela primeira vez, votei claramente com a minha convicção.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Mulheres

Onde estaria o criador com a cabeça no dia que criou a mulher?

Serei crucificado, mas o apontamento TEM mesmo de ser feito.
Conhecem "algo" mais complicado que uma mulher?
Conhecem algo que nos consiga fascinar tanto como uma mulher?
Eu pessoalmente não.

Acho curioso, como em minutos mudam do dia para noite.
Como agora é sim e de repente passou a ser não.
Como agora estava bem e daqui a nada já está mal.
Como nos abraça e no momento seguinte nos afasta.
Como agora nos beija e depois nos morde.

Como é possível que em tão pouco tempo mudem assim?
Onde estava realmente o criador no dia em que vos criou?
Qual o rasgo de loucura, que o iluminou e donde nasceram vocês?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Ao meu pai



A ti...
Aos kilometros que fizemos um dia num "machibombo" ao som desta música, numa campanha que sempre foi tua e nunca ta deram.
Obrigado por seres quem és, obrigado por me teres ensinado a ser como sou hoje.

Obrigado pai.

Para a Diana

Para ti amiga...
Só para ti...

Sinto falta...



Sinto falta de ti...
Sinto falta do teu cheiro embrulhado no meu.
Sinto falta dos teus cabelos no meu rosto.

Sinto falta do toque da tua pele,
Sinto falta do teu calor junto a mim.
Sinto falta de ti...

E tu aqui tão perto.

Wise up



Foi-me dada a conhecer por um amigo.
Fiquei fã.
Fã ao ponto de a tornar a minha banda sonora nestes dias em que me dá para isto.

Um dia o meu mestre de equitação disse-me uma coisa que ainda hoje lembro:
"Pedir muito, contentar-se com pouco e agradecer muito".
Eu sou assim. Peço muito, contento-me com pouco e agradeço sempre muito.

Hoje alguém que adoro me disse que nascemos para amar sem medidas, que damos muito mais do que aquilo que recebemos. E eu revi-me em cada palavra.
Dou-me sem limites, pouco peço de volta e no entanto muitas vezes aquilo com que fico é com uma mão cheia de nada e um sentimento de abandono.

Sinto-me abandonado, esquecido, ultrapassado e vejo a cada dia a vida passar-me ao lado e eu aqui estou a olhar para ela a passar.

Disseram-me hoje para não correr atrás. É difícil, acreditem. Muito difícil, mas eu vou ser forte e vou conseguir. Vai-me custar imenso, isso eu sei, mas eu sou forte e vou conseguir. Vou aguentar-me.

Obrigado amiga.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Música

Como estou acordado, andava aqui no youtube à procura de algo que me entretesse a mente e invariavelmente apareceu-me isto:



Simples, sem palavras, mas sem a mínima dúvida, uma das músicas que mais me toca cá dentro.
Sou capaz de ouvi-la horas a fio, assim sossegado, silencioso e a ouvir o mar. Consigo sentir o cheiro do mar, ouvir o gorgolejar das ondas na praia e o vento suave que passa calmamente.

Nunca fui aos Açores, mas tenho este cheiro dentro de mim, que me leva a sonhar.
Este mar...

Ouvi-os pela primeira vez em Alpedrinha, num concerto para o qual o meu pai me levou de surpresa.
Não sei o que ali se passou naquela noite, mas fiquei apaixonado por Madredeus.
Não sei se foi do sítio, se foi a música que nunca ouvira. Certo é que nunca deixei de ouvir.

Só,,, Outra vez...

É triste saber e sentir-me assim.
De repente tudo corre bem e no momento seguinte estou sozinho, num sofá para 2.
Novamente a claridade do meu monitor e o barulho ténue do motor do aquario é que me fazem companhia.
Estes estão sempre aqui, os outros já não sei.

Há dias ouvi uma música interessante.
"Movimento Perpétuo Associativo".
Meu Deus... Como se encaixa bem na minha vida.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

À minha filha (I)

Gostava de poder dizer-te isto agora, com 3 aninhos, mas creio que não entenderias.
Gostava de te mostrar e de te poder quantificar o quanto és importante para mim, mas creio que nunca o saberás, a não ser quando fores mãe.
Gostava de te ter dado tanta coisa e apenas te pude dar aquilo que te dei.

Um dia entenderás isto e sentirás lá no fundo, da mesma forma que eu senti, o quanto a minha mãe e o meu pai gostam de mim, a dor que é quando por alguma razão nos “magoas” quer seja com acções, ou com palavras.

Um dia saberás, que tudo aquilo que tenho por ti é amor e orgulho.
Aconteça o que acontecer, serás sempre a minha menina pequenina, loirinha, de sorriso inebriante, rasgado, alto.
Menina doce, meiga, sempre com boa disposição.
Menina amada…
Menina mimada…

Faças tu o que fizeres, apesar de as minhas acções te poderem induzir a erro, acredita que jamais deixarei de gostar de ti. De te entender, até porque eu já tive a tua idade e já por aí passei. Tu poderás não entender agora aquilo que te digo e te faço, mas garanto-te que daqui a uns anos, quando souberes o que é ser mãe.

Escolhas o que escolheres, faças o que fizeres serás sempre A MINHA FILHA….

domingo, 3 de maio de 2009

Cheio de promessas vazias

Sim, sinto-me assim mesmo.
Cheio de promessas fáceis de fazer, com a intenção de me acalmar as fúrias e nunca a serem cumpridas.
E vejo isso, hoje à noite, quando me deito no meu quarto, numa cama que deveria ter companhia e apesar de estar alguém ali ao lado, sinto vazia...
Não sei...

Estarei a atingir o limite da aceitação destas promessas vazias que nunca se cumprem?
Odeio estas coisas...

escrever por vezes não faz grande sentido, mas alivia...

Obrigado por ouvirem.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Maldito dia aziago

Hoje estou num daqueles dias que não lembra a ninguém.
Estou com uma neura desde as 6 da matina, que não vos passa pela cabeça.

Tudo porquê?
Ora bem, porque raio havia de ser?
A "Maria", pois claro...

Que raiva...
Que ganas...

Estou de tal maneira com a neura que nem sei o que escrever...

Neuras á parte, a minha queridísiima avó Helena (mãe da minha mãe) faz hoje a bonita idade de 81 anos, ou como ela gosta de dizer: "Voltei a ter 18".
Embora a saude dos seus 18 anos já a tenha abandonado, a minha querida avó, continua muitíssimo bem, fora as pernas e claro o coração.


Parabéns avozinha e obrigada por tudo...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A minha sala, o meu portatil e eu

Eis um trio do caraças.
Já passei mais tempo na companhia destes 2 do que com qualquer outra pessoa.
Sim, inclusivamente de quem estão a imaginar.

Na minha sala, sinto-me seguro.
Reconheço todos os cantos, todas as manchas que a paredes tê, cada imperfeição da parede.
Aqui o som da água e o bater das teclas são por vezes o único reuído que me acompanha, tendo em conta que por vezes desligo de tal forma da TV, que nem sei o que está dar, como agora...

O meu portatil...
Esse amigo de noites sem horas e de horas sem fim.
Fiel depositário dos meus segredos.
Com ele já passei milhentas sensações, milhentos sentimentos e pelas suas teclas já passaram kms e kms de texto.
por vezes este som tão caente das teclas envolve-me de tal forma que aprece que as mão se movem sozinhas e não reagem a nada.
Parece que o meu cérbero está directamente ligado às mãos e aquiloq ue penso aparece escrito no monitor.

Não...
Não fumei nada, aliás porque não fumo "há c'anos"...
Longe vão esses tempos, mas isso agora também não interessa nada.

E eu...

Lá fora chove...
Oiço a chuva a bater no estore da janela.
Aqui está-se bem. O calor da braseira faz os meus olhos pesados e o corpo parece resistir a manter-se acordado.
Mas começo a ter um peso aqui nos cotovelos que me puxa as mãos para fora do teclado e o som, torna-se intermitente e lento...

Tenho sono...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Invisível

Hoje deu-me na telha de ligar o Hi5 e ir ver os meus amigos.
Dei comigo a pensar nas voltas que a vida dá e que raio de rumo a minha tomou.
De repente sinto saudades deles, tenho necessidade (sim necessidade) de os voltar a ver e no entanto, parece que fazem parte de outra vida que tive.
Não tenho contactos com os meus amigos da faculdade e sinto vontade de voltar a falar com eles, trocarmos historias dos velhos tempos da faculdade para ver se aminha memória se relembra daquilo que teima em apagar.
Não consigo visualizar a maioria das coisas que me lembro, ou pelo menos os nomes das ruas.
Fecho os olhos e tudo não passa duma névoa esquisita, impenetrável e nada. Nem uma única lembrança nítida.

Que raio fiz eu?
Escolhi o caminho certo?
De repente sinto-me invisível e no meio disto tudo habituei-me a sê-lo e levo a vida assim mesmo: Invisível.

Odeio dias assim em que as ideias fervilham dentro da cabeça e nada sai como devia. Não há um fio que oriente a minha escrita, nada...
Só a vontade de deitar tudo para fora e mais nada. Aliviar a pressão do peito pela ponta dos dedos e imaginar...
Imaginar aquilo que farão os meus antigos amigos. Imaginar se se lembrarão de mim...
Imaginar...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O problema do inicio...

De cada vez que começo a escrever tenho sempre um grande problema.
Nunca consigo escrever um título decente, por isso desta vez optei por escrever primeiro o corpo e depois o título...
Vamos lá ver no que isto vai dar, embora seja quase sempre a mesma coisa.

Lembro-me de alguns, mas depois não se enquadram.
Lembro-me de outros, mas aprecem cópias de outros autores, logo não me apetece andar a plagiar quem quer que seja...

Já consegui...
Que tal?

Recomeço

Ao tempo que aqui não vinha...
Não tenho sentido a necessidade que me faz vir aqui despejar informação inutil a rodos.
Mas hoje foi diferente...
E a culpa de quem?
Desta vez é da Biz e do seu vício da escrita.

Há anos que não me sentia tão tentado a vaguear pelo barulho das teclas do meus PC, abstraido de qualquer coisa que se passa à minha volta.
Agora só existo eu e o meu PC.
As teclas gemem, o mesmo som de sempre e a cadencia da escrita dá-me alento e empurra-me para a frente.

Devagarinho, suavemente... Recomeço