quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Amargura

Escrever é sempre a mesma coisa para mim: custa-me começar. Depois... Depois é sempre para a frente! O que me custa sempre é a primeira palavra, aliás a primeira letra que depois vem tudo. Depois sai e flui facilmente. Perco-me inclusivamente. Pena é que para poder escrever tenha de ter tanta amargura no peito. Tanta que me escorre pelos olhos e me aperta com tanta força que mal respiro. Mas eu vau-me habituando a ela. E ela ganha cada vez mais força e cada vez mais toma conta de mim. Hipocondríaco! Sim, é o que oiço frequentemente. Se calhar é o meu escape. Se calhar é como me sinto seguro. Hipocondríaco? Não! É só uma forma de tentar entender onde e como esta dor me vai levar e mais importante d etudo até onde eu aguento e até onde ela me arrastará. Mas hipocondríaco não! Porque é que tem de custar tanto?

A culpa é minha!!!

A culpa é minha porque queres, a culpa é minha porque não queres. A culpa é sempre minha. A culpa é minha porque não ligo, a culpa é minha porque te deixei dormir. A culpa é minha porque estás mole. A culpa é minha porque não te beijo e quando o faço foges. A culpa é minha. A culpa não morre sozinha e eu hei-de morrer com a minha. A culpa é de quem a quiser, menos tua, porque a culpa é sempre minha!

domingo, 3 de abril de 2011

Life, oh! life...

Quem tenha eventualmente dito que estar casado ou junto até era fácil, de certeza que toda a vida foi solteiro.
Eu queixo-me (e muito) da minha vida de casado, mas será que todas as minhas queixas, merecem o estatuto de queixa efectiva?
Se isto fosse um blog daqueles com milhões de pessoas a ler, de certeza que assim que publicasse estas parvoíces nocturnas que de vez em quando publico obteria algum feedback, quanto a estas minhas divagações, mas como ninguém me lê, olha, cá ficam na mesma, mais não seja para aliviar o peito e acalmar a alma...
Passo uma semana a esperar pelo fim-de-semana. Por todas as razões óbvias e por aquelas também que algumas mentes já estão a levar a coisa, para onde de facto ela irá acabar: sexo.
Sim, adoro sexo e não tenho vergonha de o dizer. Por mim se pudesse, fazia todos os dias, ou pelo menos dia sim dia não. No meu caso, conta-se pelos dedos de uma mão (uma mão chega e sobra)as vezes que tenho sexo por mês.
Sim, por mês.
Não estou a brincar nem a fazer-me rogado, só para ver se mais alguém vem ler isto.
É a mais pura verdade. Cá em casa há sexo (quando há) 1 única vez na semana.
Ora bem, quais os pros e contras disto?
Bem, pros não lhe encontro nenhuns, já contras...
Posso sempre começar pelo "contra" da irritabilidade. Ora se passo a semana toda à espera destes dias e ainda para mais passo as noites quase sempre sozinho, dado a respectiva estar a leccionar à noite, seria "justo" quando chegasse o fim de semana (dado durante a semana não acontecer nada) que pudesse tirar a barriguinha de misérias... Pois, mas não.
Com sorte (não foi o caso deste fim de semana) tenho direito a umas "migalhinhas" (como eu lhe chamo). E perguntarão alguns, porquê migalhinhas?
Simples. Que nome se dá aquilo que comemos a correr e que depois de comer, continuamos com fome?
Got it?
Pois é... por mais que me digam que é normal, não me posso conformar (aliás, nem consigo).
Não é justo, não é são inclusivamente passar uma semana inteira à espera que as coisas aconteçam (e não é por falta de iniciativa da minha parte)e estar na constante angústia de que será que vai acontecer?
Depois de acontecer, sentimo-nos, como se tivéssemos sido vazados de qualquer conteúdo e o mesmo tenha ficado espalhado pelo chão e ninguém se importa.
Sim, sinto-me literalmente frustrado depois de ter tido sexo apenas 1 vez.
É que ainda podia ser algo de mirabolante, fantabulástico, indescritível. Mas não é.
É feijão com arroz, ou arroz com feijão como lhe queiram chamar.
É sempre igual e não há nada que eu possa fazer para que mude.
A minha vontade? Bater com a porta e ir embora...
Mas há sempre algo que me impede de o fazer.
E acabo sempre aqui...

sábado, 2 de abril de 2011

Derrotado

Derrotado...
Sim, derrotado.
Já joguei este jogo de todas as maneiras que conheço e que posso e não há forma de eu ganhar terreno. Aliás, perco terreno a cada mão.
Se me contentarei com a situação?
Nunca...
Mas há alturas na vida em que temos de decidir se queremos gastar mais energia numa batalha que não mudará o quem vence ou quem sairá vencedor.
Não me rendo, vou só lutar outras lutas, porque esta (infelizmente) já não me interessa.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Amarguras

Triste vão os tempos, quando nada nos impele a andar ara a frente.
Sinto-me perdido dentro da minha própria casa.
Não reconheço nada à minha volta e sinto-me só...
Mas isto de me sentir só não é novo.
Creio que a palavra perfeita para o que me passa pela cabeça é mesmo: frustração.
Sim, sinto-me frustrado.
Não a nível profissional, mas sim a nível pessoal.
As coisa que cá dentro destas 4 paredes me propus a cumpris, não as consigo levar a bom termo.
Infelizmente não por falta de tentativas, mas sim por falta de compromisso de uma terceira parte que não vale a ena referir.
Infelizmente começo a render-me a esta inevitabilidade e deixo que a situação se acomode, baixando os braços e perdendo devagar a luta que tenho travado nestes últimos anos.

domingo, 11 de outubro de 2009

E se?

E se um dia tudo mudasse?
E se um dia eu partisse?
E se um dia...

E se um dia eu fosse feliz, pudesse abraçar esse estado, que há tanto tempo procuro e tanto custa a alcançar...

E se um dia eu deixasse a minha casa?
E se um dia a minha filha perguntasse à mãe por mim? Qual a sua resposta?

E se um dia...

domingo, 27 de setembro de 2009

Eleições

Hoje é um daqueles dias idiotas.
Lembro-me há uns anos largos a agitação que era a minha casa nestes dias.
Íamos todos almoçar fora e depois de almoço o meu pai saía. Via-o lá pelas 22h, festejando as vitórias dum partido que sempre foi dele.
Naquela altura, o meu desejo era que o partido dele ganhasse. Significava ir com ele e partilhar da alegria dele. Sair com ele, de peito inchado de orgulha, por uma vitória que também era dele.
Hoje a conversa muda de figura.

Creio que sinceramente a política caiu numa má fama que tem vindo a piorar de dia para dia.
Cada vez mais se acredita menos nos nossos políticos.
Pudera...
Cada um pior que o outro.

Há umas semanas atrás comentava com a minha mãe algo relativo à ida do meu pai a um comício do partido dele.
Ela dizia que era o partido que ele sempre defendera, com o qual se identificava, independentemente de quem estava à frente do mesmo.
Fiquei cá a matutar naquilo.

Hoje quando cheguei à mesa de voto, as palavras da minha mãe surgiram-me na cabeça.
E tudo aquilo me fez um sentido, como nunca fizera.
Sim. Eu sabia exactamente em quem iria votar.
Sabia exactamente onde colocar a cruz.

Posso mesmo dizer que pela primeira vez, votei claramente com a minha convicção.