quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Amargura

Escrever é sempre a mesma coisa para mim: custa-me começar. Depois... Depois é sempre para a frente! O que me custa sempre é a primeira palavra, aliás a primeira letra que depois vem tudo. Depois sai e flui facilmente. Perco-me inclusivamente. Pena é que para poder escrever tenha de ter tanta amargura no peito. Tanta que me escorre pelos olhos e me aperta com tanta força que mal respiro. Mas eu vau-me habituando a ela. E ela ganha cada vez mais força e cada vez mais toma conta de mim. Hipocondríaco! Sim, é o que oiço frequentemente. Se calhar é o meu escape. Se calhar é como me sinto seguro. Hipocondríaco? Não! É só uma forma de tentar entender onde e como esta dor me vai levar e mais importante d etudo até onde eu aguento e até onde ela me arrastará. Mas hipocondríaco não! Porque é que tem de custar tanto?

A culpa é minha!!!

A culpa é minha porque queres, a culpa é minha porque não queres. A culpa é sempre minha. A culpa é minha porque não ligo, a culpa é minha porque te deixei dormir. A culpa é minha porque estás mole. A culpa é minha porque não te beijo e quando o faço foges. A culpa é minha. A culpa não morre sozinha e eu hei-de morrer com a minha. A culpa é de quem a quiser, menos tua, porque a culpa é sempre minha!