Escrever é sempre a mesma coisa para mim: custa-me começar.
Depois...
Depois é sempre para a frente!
O que me custa sempre é a primeira palavra, aliás a primeira letra que depois vem tudo.
Depois sai e flui facilmente.
Perco-me inclusivamente.
Pena é que para poder escrever tenha de ter tanta amargura no peito.
Tanta que me escorre pelos olhos e me aperta com tanta força que mal respiro.
Mas eu vau-me habituando a ela.
E ela ganha cada vez mais força e cada vez mais toma conta de mim.
Hipocondríaco!
Sim, é o que oiço frequentemente.
Se calhar é o meu escape. Se calhar é como me sinto seguro.
Hipocondríaco?
Não! É só uma forma de tentar entender onde e como esta dor me vai levar e mais importante d etudo até onde eu aguento e até onde ela me arrastará. Mas hipocondríaco não!
Porque é que tem de custar tanto?
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