A ti... Aos kilometros que fizemos um dia num "machibombo" ao som desta música, numa campanha que sempre foi tua e nunca ta deram. Obrigado por seres quem és, obrigado por me teres ensinado a ser como sou hoje.
Foi-me dada a conhecer por um amigo. Fiquei fã. Fã ao ponto de a tornar a minha banda sonora nestes dias em que me dá para isto.
Um dia o meu mestre de equitação disse-me uma coisa que ainda hoje lembro: "Pedir muito, contentar-se com pouco e agradecer muito". Eu sou assim. Peço muito, contento-me com pouco e agradeço sempre muito.
Hoje alguém que adoro me disse que nascemos para amar sem medidas, que damos muito mais do que aquilo que recebemos. E eu revi-me em cada palavra. Dou-me sem limites, pouco peço de volta e no entanto muitas vezes aquilo com que fico é com uma mão cheia de nada e um sentimento de abandono.
Sinto-me abandonado, esquecido, ultrapassado e vejo a cada dia a vida passar-me ao lado e eu aqui estou a olhar para ela a passar.
Disseram-me hoje para não correr atrás. É difícil, acreditem. Muito difícil, mas eu vou ser forte e vou conseguir. Vai-me custar imenso, isso eu sei, mas eu sou forte e vou conseguir. Vou aguentar-me.
Como estou acordado, andava aqui no youtube à procura de algo que me entretesse a mente e invariavelmente apareceu-me isto:
Simples, sem palavras, mas sem a mínima dúvida, uma das músicas que mais me toca cá dentro. Sou capaz de ouvi-la horas a fio, assim sossegado, silencioso e a ouvir o mar. Consigo sentir o cheiro do mar, ouvir o gorgolejar das ondas na praia e o vento suave que passa calmamente.
Nunca fui aos Açores, mas tenho este cheiro dentro de mim, que me leva a sonhar. Este mar...
Ouvi-os pela primeira vez em Alpedrinha, num concerto para o qual o meu pai me levou de surpresa. Não sei o que ali se passou naquela noite, mas fiquei apaixonado por Madredeus. Não sei se foi do sítio, se foi a música que nunca ouvira. Certo é que nunca deixei de ouvir.
É triste saber e sentir-me assim. De repente tudo corre bem e no momento seguinte estou sozinho, num sofá para 2. Novamente a claridade do meu monitor e o barulho ténue do motor do aquario é que me fazem companhia. Estes estão sempre aqui, os outros já não sei.
Há dias ouvi uma música interessante. "Movimento Perpétuo Associativo". Meu Deus... Como se encaixa bem na minha vida.
Adoro mesmo!
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Adoro dialogar de mim para mim e, ouvir o grito de guerra do meu silêncio!
Adoro olhar-me olhos nos olhos e, libertar aquele sorriso que sai das
profundez...
Como eu "pinto" a Manta
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Uma paz nocturna apenas quebrada pelo cantar dos grilos.
Rodrigo Leão como banda sonora e o riso dos amigos a enganarem-se uns aos
outros num jogo de cartas...