terça-feira, 10 de junho de 2008

7 da manhã

São 7 da manhã de um dia qualquer...
Não me interessa se é segunda ou sexta, nem sequer me interessa se é cedo demais...
Abro a janela e deixo finalmente entrar a lúgubre luz matinal.
Na cozinha alguém se prepara para sair para um dia de trabalho.
Estou de férias e tenho tantos planos e nenhum deles se realizará.
Aqui sentado apercebo-me que passei para ultimo plano, tudo se sobrepõe a mim.
A família, os amigos, os colegas... Até a porcaria das séries que dão na TV e as quais gravo religiosamente.
E eu?
Fico aqui esquecido a um canto, remetido ao meu silêncio, fazendo-me lembrar mais uma sombra nesta casa.
Por vezes creio que já aqui não moro, que de repente tudo o que eu dividia, foi ocupado por alguém e eu passei para último.
É triste ser-se o último.

O silêncio cada vez me faz mais companhia e a necessidade de falar ou só mesmo de expor uma ideia traz-me de novo até aqui, até ao suave barulho das teclas do meu portátil...

Sinto-me só...

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